O Bandejão é uma entidade presente em boa parte das
universidades públicas. É um restaurante que serve comida aos estudantes por um
preço bem camarada, por conta de subsídios do governo.
Consiste também numa espécie de modismo criticar os
bandejões. Falar mal da comida, do suco, do tempero, do cardápio, etc. Poucos
são aqueles que se dizem satisfeitos com o bandejão que possuem. Paciência.
Eu, particularmente, gosto. Sei que a comida é simples, sem
grandes luxos... Mas é bom que seja assim, é coerente, afinal, que por R$1,90 não
seja servido aspargo ou caviar no restaurante universitário. O que lá existe é
o bom e velho arroz com feijão, salada, mistura e acompanhamento. É o que
basta.
Há ainda certo folclore por trás de alguns pratos que dão
todo um dinamismo ao dia-a-dia universitário, como o estrogonofe, por exemplo,
que é um prato que, quando servido, gera alvoroço por ser raro. Não é de se
espantar que um evento inédito na USP, que ocorreu no início desse segundo
semestre tenha chegado à Folha de S.
Paulo, por exemplo: o Strogoclipse, que consistiu num dia de traços épicos,
em que todos os restaurantes serviram no mesmo dia o tão almejado estrogonofe.
A USP, na Cidade Universitária, aliás, possui três
restaurantes: o Central, o da Química e o da Física.
Devo admitir que o da Física eu, ainda, não conheço. Porém, no que toca aos outros dois, posso falar com franqueza: Embora, óbvio, eu tenha preferência por um (o da Química, no caso), ambos são dignos e razoáveis
Já li a respeito dos bandejões em décadas passadas, e até num passado recente, aonde a falta de higiene imperava, o serviço era mal executado, as filas eram intermináveis e a comida era, de fato, muito ruim. Muita pressão do Movimento Estudantil resultou em melhoras perceptíveis nos dias atuais.
Devo admitir que o da Física eu, ainda, não conheço. Porém, no que toca aos outros dois, posso falar com franqueza: Embora, óbvio, eu tenha preferência por um (o da Química, no caso), ambos são dignos e razoáveis
Já li a respeito dos bandejões em décadas passadas, e até num passado recente, aonde a falta de higiene imperava, o serviço era mal executado, as filas eram intermináveis e a comida era, de fato, muito ruim. Muita pressão do Movimento Estudantil resultou em melhoras perceptíveis nos dias atuais.
Em resumo, manifesto aqui a minha posição de defesa em
relação aos bandejões universitários, pois acredito que, pelo preço pago, o
serviço se mostra mais do que suficiente. Isso tudo sem deixar de levar em
conta que críticas são sempre válidas e que melhorias são sempre possíveis.
OBS: Crônica planejada na semana do Strogoclipse. Talvez o
fato ajude a explicar a benevolência do autor para com os restaurantes.